VIPEX, S.A. - Identificação de boas práticas nos domínios de cooperação entre universidades e empresas

[Gestão Total]

DESIGNAÇÃO DA EMPRESA:

VIPEX, S.A.

 

1.       REGRAS NACIONAIS

Não aplicável

 

2.       A EMPRESA: PRINCIAPIS CARACTERÍSTICAS

A VIPEX baseada no posicionamento estratégico de “Arquitectar a Industrialização de Produtos em Plástico” assumido em finais de 2009, continua com a implementação do ambicioso Plano de desenvolvimento em coerência com as linhas de orientações estratégicas definidas.

A VIPEX, em parceria com os clientes, está focada no desenvolvimento, engenharia, industrialização e fabricação de produtos ou componentes em termoplásticos, utilizando as melhores metodologias e as mais modernas tecnologias.

Em termos de serviços, a VIPEX tem capacidade para oferecer um conjunto de serviços transversais de desenvolvimento, de engenharia, de industrialização e de fabrico de produtos ou componentes.

Responsabiliza-se desde a criação do conceito até à entrega.

Pode oferecer apenas os serviços necessários à industrialização e produção de produtos existentes.

A VIPEX é constituída por um total de 60 pessoas, possui 22 máquinas de injecção (40t a 600t) e uma área total coberta de 8000m2. As suas exportações representam 75% da sua actividade. A metodologia utilizada pela VIPEX assenta em 3 patamares: desenvolvimento da ideia; construção do processo; realização do produto. O desenvolvimento da ideia é realizado em parceria com os clientes e focado na apresentação de uma proposta  de melhoria que integre valor adicional para o negócio do nosso cliente. O processo inicia-se com uma análise detalhada das necessidades e expectativas do cliente com vista à determinação dos factores críticos de sucesso associados ao produto a realizar. As equipas de projecto utilizam metodologias simples e avançadas, como por exemplo, acções de benchmarking e o QFD (Desdobramento da Função Qualidade) e, quando julgado conveniente, envolvem outros parceiros. A Proposta de melhoria de produto inclui normalmente, além de imagens dos produtos, especificações associadas, estimativas de custos e um planeamento preliminar das actividades. A construção do processo é focada na eficaz operacionalização das especificações determinadas para o projecto. A Engenharia do produto inclui actividades como o desenvolvimento dos desenhos 3D das diferentes componentes do produto que cumpram as especificações definidas  que permitam, entre outros, a realização de maquetas e/ou protótipos, estudos de engenharia e reológicos e uma avaliação preliminar do processo seguido os princípios da metodologia APQP (Planeamento Avançado da Qualidade do Produto). A Industrialização do produto abrange desde a concepção e implementação do processo de fabrico até à sua validação, nomeadamente, as relacionadas com moldes e outras ferramentas, postos de trabalho, estudos de capacidade e validação de pré series de acordo com metodologia PPAP (Processo de Aprovação de Peças de Produção).   A Realização do produto está permanentemente focada no acompanhamento das necessidades dos clientes e na contínua melhoria dos seus níveis de eficiência. A Produção integra as actividades de injecção complementadas ou integradas com  a montagem, embalagem e impressão. A equipa gestora desta área dispõe das instalações e tecnologias que adapta a cada projecto, utiliza metodologias (ex: Lean manufacturing) e ferramentas de base estatística para garantir o controlo e a estabilidade dos processos. A Melhoria continua do produto e do processo resulta duma avaliação permanente do nível de satisfação do cliente e dos níveis de eficiência do processo de fabrico. Através desta avaliação são propostas aos clientes alterações aos produtos e internamente introduzidas melhorias nomeadamente, ao nível dos procedimentos, do layout dos processos e das ferramentas.

 

3.       TIPOLOGIA DE INOVAÇÃO

Inovação implementada na empresa

Vipex em permanente inovação

Em parceria com um cliente e no seguimento da sua estratégia de desenvolvimento conjunto de produtos, a Vipex acaba de desenvolver, industrializar e produzir um conjunto de novos produtos em Bi-injecção (utilizando dois materiais).

É um projecto inovador, no que concerne não só às funcionalidades do produto mas também às especificações especiais próprias do tipo de mercado a que se destina.  

 

Vipex consolida a sua aposta na Bi-injecção

Estando na vanguarda quer na utilização de novas tecnologias que permitam ir de encontro à evolução do mercado, quer no investimento em equipamentos e ferramentas, a Vipex, permanentemente focada no acompanhamento das necessidades dos seus clientes e na melhoria contínua dos seus níveis de eficiência,  dispõe desde o final de 2010 de mais duas máquinas de Bi-injecção marca Engel, de 160T e 300T, respectivamente.  

Este investimento iniciado já em 2008,  começa a dar agora os seus frutos permitindo à Vipex consolidar o seu posicionamento no mercado enquanto empresa focada em idealizar e conceber, em conjunto com os seus clientes, a industrialização do plástico para a produção, assumindo-se assim como "Arquitectos do Plástico".  

Desde Dezembro de 2009 que a Vipex é membro do Conselho Fiscal do Centro de Incubação de Oportunidades de Negócio, OPEN, cuja missão é contribuir para a promoção da Inovação, do Empreendorismo e a criação de Emprego, através do lançamento de Empresas com conceitos inovadores.

Desde Outubro de 2009, em representação do Nerlei a Vipex é o membro da direcção da Incubadora D.Dinis cuja missão é a promoção do Empreendorismo, da Inovação e das Novas Tecnologias, nomeadamente no apoio à constituição, instalação e desenvolvimento de novos projectos de negócio, proporcionando-lhes as adequadas condições técnicas e fisicas e contribuindo para a dinamização e rejuvenescimento do tecido empresarial da região.

 

Inovação implementada na cooperação com universidades

A Vipex habitualmente estabelece parcerias com as universidades da região, nomeadamente com o ISLA Leira e com a ESTG- IPL Leiria, com vista a proporcionar estágios curriculares que promovam uma melhor integração dos licenciados no mercado de trabalho.

Ultimamente a cooperação tem existido mais com a Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG-Leiria) do Instituto Politécnico de Leiria, sendo uma dinâmica instituição que iniciou a sua actividade em 1989/1990 begin_of_the_skype_highlightingend_of_the_skype_highlighting, com 100 alunos e três cursos diurnos de bacharelato. Criada ao abrigo do decreto do Governo 46/85 de 22 de Novembro, é actualmente o maior estabelecimento de ensino superior do distrito de Leiria, e entre os seus congéneres, um dos maiores a nível nacional.

A ESTG-Leiria tem actualmente 4600 alunos nas áreas de engenharia, gestão, línguas e ciências jurídicas aplicadas. Da missão da ESTG-Leiria, além de um conjunto vasto de cursos de formação inicial, constam ainda as formações de carácter avançado, a prestação de serviços, a investigação científica e a transferência de tecnologia. Estas são actividades em que a instituição está fortemente empenhada, e que se consubstanciam em projectos e parcerias, sobretudo, com entidades e empresas da região.

A Escola é constituída por modernos Edifícios: Edifício A (Bloco pedagógico); Edifício B (Serviços administrativos e académicos); Edifício C (Investigação e projectos com o exterior); Edifício D (Bloco pedagógico); Edifício E (Edifício do curso de Engenharia Automóvel). Tem ao dispor dos estudantes meios técnicos e laboratoriais que, em alguns casos, constituem uma referência no quadro do ensino superior português. A contínua melhoria das condições colocadas à disposição de todos aqueles que usufruem deste espaço de saber, tem sido, e continuará a ser, um dos vectores que distinguem a ESTG-Leiria.

No âmbito da cooperação, a Escola tem estabelecido parcerias com empresas, quer da região de Leiria, quer com empresas de âmbito nacional, que permitem o desenvolvimento de projectos, a prestação de serviços e a leccionação de aulas em ambiente empresarial. Actualmente a ESTG-Leiria é reconhecida como Academia Cisco, Academia Microsoft e Oracle, tendo também um conjunto diversificado de protocolos celebrados com outras empresas e instituições.

 

Inovação implementada na cooperação entre empresas e universidades

A Vipex em parecria com a ESTG-IPL Leiria proporcionou um estágio curricular , a diversos estudantes, na área de injecção e teve como objectivo a elaboração de metodologias para implementação de ferramentas SMED na injecção.

O estágio consistiu na elaboração de um diagnóstico da empresa nesta matéria, nomeadamente com a análise dos equipamentos e metodologias de trabalho existentes na empresa, recolha de dados sobre mudanças de moldes, definição das necessidade e prioridades, finalizando com a elaboração de uma Metodologia para mudanças de moldes para a empresa.

Para desenvolver este trabalho foram aplicados e utilizados diversos métodos de aprendizagem como por exemplo: recolha de dados, observação, recolha de tempos, análise estatística de dados, e elaboração de propostas de melhoria, entre outros.

O referido estágio teve como resultado a disponibilização à empresa de uma ferramenta de trabalho aplicável e ajustada á realidade da empresa.

 

Inovação na mobilidade entre empresas e universidades (formação integrada)

­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­Em alguns dos cursos do ESTG-IPL de Leiria, a formação é repartida entre aulas de formação em sala e trabalho prático em ambiente empresarial, de modo a que exista uma estreita articulação e envolvimento com as empresas.

A VIPEX, pretende com esta parceria, que exista uma aproximação com a universidade, onde possa igualmente contribuir para com a definição de alguns programas de cursos, de modo a ir ao encontro das necessidades específicas do mercado em geral.

Pretendendo a VIPEX estar sempre em permanente inovação na sua área de actividade, a inclusão de alunos através de estágios curriculares, no âmbito de trabalhos novos a desenvolver, industrializar e produzir, é considerada sempre uma constante mais-valia, tanto para a empresa, assim como para os alunos e a própria universidade. Para os alunos, a participação no desenvolvimento de novos trabalhos na empresa, irá proporcionar aos mesmos um aumento e consolidação dos conhecimentos e uma maior sensibilização e progresso das actividades laborais.

 

4.       IMPACTO DE TAIS INOVAÇÕES NO DESENVOLVIMENTO DA CONCORRÊNCIA E DA EMPREGABILIDADE A NÍVEL LOCAL OU NACIONAL IDENTIFICANDO

No âmbito dos estágios que têm sido desenvolvidos na empresa têm resultado na empregabilidade de alguns estudantes na empresa.