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UNIVERSIDADE DE ÉVORA - Identificação de boas práticas nos domínios de cooperação entre universidades e empresas

NOME DA UNIVERSIDADE:

Universidade de Évora

 

1.       REGRAS NACIONAIS

Acerca das normas nacionais em termos de autonomia didática e de gestão, esta universidade utiliza o Estatuto da Carreira Docente (DL 207/2009, 31 Agosto, Artigo 32), para definir legal e estatutariamente os programas dos seus cursos por órgãos competentes de cada instituição de ensino.

As universidades portuguesas têm ao abrigo do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior autonomia didáctica e administrativa para a definição dos programas curriculares de cada curso.

 

2.       A UNIVERSIDADE: PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

A Universidade de Évora fundada em 1559, a partir do Colégio do Espírito Santo fundado em 1551 e coordenado pela ordem dos jesuítas. A Universidade foi extinta em 1759 na sequência da expulsão das ordens religiosas; em 1973 foi reconstituída como Instituto Universitário dando lugar, em 1979, à Universidade de Évora. A Universidade, localizada a 130 km a Este de Lisboa, tem cerca de 8000 alunos e 650 docentes (doutorados, não doutorados, de nomeação definitiva e provisória) distribuídos por quatro Escolas: Escola de Artes; Escola de Ciências Sociais e Humanas; Escola de Ciências e Tecnologias e Escola Superior de Enfermagem. A quinta escola, o IIFA, tem como missão apoiar a actividade de investigação, de forma a garantir a qualidade do trabalho das unidades de investigação, assegurar a avaliação da sua produção científica e articular a sua actividade científica com o sistema de ensino de formação avançada, nomeadamente, os terceiros ciclos e mestrados internacionais.

A Universidade tem uma longa experiência em colaborações e consórcios de investigação com instituições de ensino superior e investigação, portuguesas e internacionais, existindo 11 unidades de investigação avaliadas internacionalmente e financiadas pela FCT, sendo que quatro são inter-universitárias, e que constituem o Instituto de Investigação e Formação Avançada, unidade orgânica responsável pela coordenação científica das actividades de investigação e dos cursos de formação avançada, nomeadamente mestrados e doutoramentos.

No âmbito das actividades científicas e de cooperação foram realizados nos últimos quatro anos mais de uma centena de projectos de investigação e celebrados mais de um milhar de contratos, prestação de serviços e protocolos de colaboração.

A missão da Universidade consiste (i) na formação dos seus alunos ao mais alto nível teórico e prático e (ii) na condução de actividades de investigação actualizada e original. Para manter a sua posição entre as universidades portuguesas e europeias, é imperativo que a universidade aumente de forma constante a qualidade da actividade de investigação, os seus requisitos "standards" educacionais e maximize a sua eficiência com o apoio do pessoal administrativo e académico e em cooperação com parceiros nacionais e estrangeiros.

Para cumprir a sua missão, a universidade adoptou e implementou um conjunto de prioridades com o objectivo de: (i) promover o crescimento, transferência e aplicação de conhecimento; (ii) estabelecer centros de excelência em ensino e aprendizagem; (iii) contribuir para a realização do Espaço Europeu de Investigação (Processo de Bolonha) no sentido de promover uma maior compatibilidade e comparabilidade dos sistemas de ensino superior e realçar a atractividade e competitividade das instituições de ensino superior europeias; (iv) promover um aumento substancial da mobilidade de funcionários e discentes, assim como da qualidade da mesma mobilidade; (v) desenvolver programas integrados, incluindo o uso da aprendizagem à distância, de licenciatura, mestrado e doutoramento; (vi) continuar a internacionalização do processo de aprendizagem e da actividade de investigação; (vii) intensificar o intercâmbio de funcionários através da promoção de visitas a universidades parceiras e da recepção de visitantes estrangeiros; (viii) desenvolver a cooperação com empresas que proporcionem aos alunos estágios profissionais; (ix) procurar novas formas de financiamento internacional e nacional da actividade de investigação e (x) acompanhar futuras iniciativas oferecidas pela comunidade europeia, integrando-as nos curricula e nos processos administrativos.

A Universidade de Évora promove: (i) igualdade de oportunidades entre mulheres e homens; (ii) igualdade de oportunidades para pessoas portadoras de deficiência; (iii) a coesão económica e social (iv) o desenvolvimento económico e social sustentável (vi) as tecnologias da comunicação e informação na educação e ensino à distância e (vii) o desenvolvimento de medidas que promovam o acompanhamento dos desafios na aprendizagem ao longo da vida.

 

3.       TIPOLOGIA DE INOVAÇÃO

Inovação implementada nos métodos de aprendizagem

A inovação implementada nos métodos de aprendizagem baseiam-se principalmente com uma plataforma Moodle, e-learning e cursos 3G (componente de formação em sala de aulas e componente prática no ambiente de trabalho)

O processo de e-learning é normalmente associado com o acesso a materiais em formato electrónico, o uso de aplicações de gestão de aprendizagem desenvolvidos para a Web, mas o e-learning vai além do uso de aplicações, abrangendo todas as tecnologias educacionais eletrónicas.

A Universidade de Évora disponibiliza a plataforma Moodle, que está a ser utilizada como uma ferramenta para complementar a formação em sala de aula em diferentes ciclos.

As funções disponíveis no Moodle não se limitam apenas à entrega de recursos didácticos, também inclui um conjunto diversificado de actividades on-line (po exemplo, comunicação entre professores e alunos, apresentação, fóruns de discussão, etc.)

Sobre os cursos 3G apresentamos de seguida um breve resumo de três deles:

A licenciatura em Engenharia Química pela Universidade de Évora tem um novo formato, chamado de sanduíche, que conta com uma forte interacção entre a universidade e o meio empresarial através da participação de empresas de sectores relevantes para a estrutura curricular do curso. Esta contribuição é feita através da introdução no currículo do curso, de momentos de ensino e aprendizagem num ambiente industrial, alternando com momentos de natureza académica clássica. Este é um projeto completamente novo, caracterizado por unidades curriculares, que são organizadas por aulas convencionais ou mini-estágios em empresas. O objectivo é que os alunos adquiram conhecimentos e competências no ambiente universitário e no ambiente industrial, sabendo que a combinação das duas realidades permite a aquisição de um conjunto de competências essenciais para a profissão de Engenheiro Químico, nos dias de hoje. Pretende-se que o aluno adquira competências práticas, tanto interpessoal, organizacional e instrumental e não apenas cognitivas, de modo a que o aluno seja capaz de lidar com uma maior confiança no mercado de trabalho. Este curso tem um número de empresas parceiras, onde os períodos de mini-estágio são realizadas, tais como a: Secil - Companhia Português de Cal e Cimento, SA; Corticeira Amorim SGPS (Empresa Cork), a Galp Energia; Euroresinas - Indústrias Químicas, SA; Adega Cooperativa de Borba; Delta Cafés; Evonik Carbogal SA; Recipneu SA; Kemet; Carmine - Cooperativa Agrícola de Reguengos; EDP (Electricidade de Portugal).


A Licenciatura em Energia Renovável da Universidade de Évora é um curso de três anos no domínio das Energias Renováveis permitindo ao licenciado desenvolver trabalho nas áreas de consultoria, produção, instalação, manutenção e certificação de sistemas e equipamentos para a utilização de energias renováveis. Para garantir a rápida integração dos formandos no mercado de trabalho o curso tem um ensino intensivo em contexto de trabalho. No sistema de Educação Universitário português, este tipo de formação é nova, tendo sido já estabelecidos acordos com várias empresas.


O curso de Engenharia Geológica, pertence a uma nova geração de cursos onde a maioria das unidades do currículo são parcialmente desenvolvidas dentro das empresas.

No terceiro ano do curso, cada aluno pode escolher até 4 unidades do currículo para obter a prática em contexto real de trabalho, integrado em equipas de empresas.

Desta maneira, cada aluno pode ter a oportunidade de conhecer quatro empresas e permanecer nelas durante o período definido.

 

Inovação implementada na cooperação com empresas

A aproximação e envolvimento de empresas no meio académico são feitos a dois níveis:

a)      no ensino: participação directa nas actividades curriculares (Cursos 3G), mecenato através de bolsas de estudo e prémios de mérito assim como em estágio profissionais ou programas de formação ao longo da vida (Cursos de Especialização Tecnológica). Existe ainda como prática frequente a elaboração de aulas-abertas onde por norma são convidados.

b)      na investigação: projectos de investigação e desenvolvimento em co-promoção, participação de empresas em projectos de investigação fundamental, mecenato de empresas em cátedras ou mesmo o envolvimento de empresas em processos de avaliação de tecnologias, propriedade intelectual e transferência de tecnologia.

Outra inovação implementada na cooperação com empresas consiste na contratação dos serviços de consultoria de empresas, visando uma melhor exploração dos resultados da investigação. Um bom exemplo, é o Curso Master Café Delta.

O Master Café Delta é um programa de Formação adaptável às diferentes exigências comerciais e profissionais que visa desenvolver capacidades avançadas de criação de valor através de um formato inovador e proporcionando aos participantes a oportunidade de testarem a aplicação dos conhecimentos adquiridos.

O curso é ministrado pelo Grupo Nabeiro/Delta Cafés, através do Centro internacional de Pós-Graduação Comendador Rui Nabeiro, CIPGCRN, em parceria com a Universidade de Évora Departamento de Gestão, através do Centro de Estudos e Formação em Gestão e Economia CEFAGE. Em 2010, foi concluido o seu 18ª edição com grande sucesso.

 

Inovação implementada na exploração prática dos conhecimentos

A gestão de propriedade intelectual, e a sua respectiva valorização e exploração, é realizada pelos serviços competentes sendo unicamente utilizados os serviços de agentes oficiais de propriedade intelectual (AOPI) para as questões burocráticas e administrativas no que respeita a registo e depósito de patentes.  

Internamente, são os serviços competentes responsáveis por desempenhar acções de sensibilização, monitorização das actividades de investigação científica e desenvolver processos proactivos na protecção dos direitos da instituição e dos seus investigadores. 

É ainda responsabilidade destes serviços o apoio e assessoria nos processos de negociação e de transferência de tecnologia assegurando sempre a defesa dos interesses institucionais; nos casos em que são criadas spin-offs cabe a estes serviços acompanhar de perto estes projectos nomeadamente nas fases de estudo de mercado e contacto com financiadores representando estas fases críticas de sucesso quer por força da encontrar os parceiros e rede de trabalho certa como igualmente garantir a protecção e gestão da propriedade intelectual via acordo de confidencialidade e segredo industrial.

 

 Inovação implementada na cooperação entre empresas e universidades

A cooperação entre empresas e a universidade realizam-se principalmente através de projectos em co-promoção de investigação e desenvolvimento tecnológico, participação de empresas em projectos de investigação fundamental, mecenato de empresas a cátedras e outros programas específicos de investigação, serviços de consultoria da academia à empresas e o envolvimento de empresas em processos de avaliação de tecnologias, propriedade intelectual e transferência de tecnologia. Todas estas actividades são geridas e dinamizadas pelos serviços centrais de ciência e cooperação em estrita colaboração com as unidades orgânicas e investigadores envolvidos em cada actividade.

A um nível mais estratégico, na unidade orgânica máxima da instituição, o Concelho Geral, existe forte presença de empresários e indivíduos externos à universidade por forma a incorporar os contributos externos à academia nas decisões politicas e estratégicas da universidade.

 

Inovação na mobilidade entre empresas e universidades (formação integrada)

­­­­­­­­­­­Nos cursos em formato 3G, a formação é repartida entre aulas de formação em sala e trabalho prático em ambiente empresarial, desse modo foi feita uma estreita articulação e envolvimento com empresas estratégicas das áreas científicas desses cursos.

Nos cursos de 1º ciclo, existe um esforço para que a base de dados de empresas com protocolos de estágio seja alargado tanto ao nível da multidisciplinaridade como alargamento para outros países.

Nos cursos de 2º e 3º ciclo existe igualmente uma aproximação a empresas, nomeadamente do desenho de programas específicos de acordo com as necessidades especificas.

No âmbito de projectos, nomeadamente os de prestação de serviços ou consultoria, é prática comum privilegiar a inclusão de alunos, através de bolsas de investigação, nos trabalhos não só como meio de consolidação do conhecimento mas igualmente para sensibilização e promoção para as actividades de investigação.

 

Inovação implementada em estratégias na definição dos programas curriculares que envolvam as empresas

Para além das actividades atrás mencionadas, existe uma forte inclusão de empresas em encontros científicos.

 

Inovação implementada na formação contínua

A Universidade Sénior de Évora nasceu para os interessados em participar e aproveitar o que de melhor tem a vida, o constante e ininterrupto conhecimento.

Esta entidade, de ensino informativo, é uma ideia surgida de um grupo de jovens em que alguns formados na área da educação, que no final de 2004 decidiram criar um lugar que viesse minimizar a falta de um estabelecimentos desta génese no concelho de Évora e que combatesse o sedentarismo e solidão que estão associados aos menos jovens da nossa sociedade.

Destinada a alunos com idade superior a 50 anos, a USE vai oferecer formação nas áreas da Língua Portuguesa, Geografia, História, Informática e Novas Tecnologias, Cidadania, Desporto, entre muitas outras. O ensino é informal, pelo que os cursos ministrados não serão reconhecidos.

 

4.       IMPACTO DE TAIS INOVAÇÕES NO DESENVOLVIMENTO DA CONCORRÊNCIA E DA EMPREGABILIDADE A NÍVEL LOCAL OU NACIONAL IDENTIFICANDO

A continua aposta na inovação e métodos de aproximação da academia à sociedade envolvente, e às empresas em particular, tem surtido efeitos nomeadamente ao nível regional onde parte da população, que por não ter o ensino obrigatório concluído, vê a oportunidade de o concluir em cursos de especialização tecnológica que posteriormente lhes permitirão o ingresso no ensino superior.

 

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